quarta-feira, 27 de maio de 2015

Vazamento

Desesperada, a mulher recebe a visita do encanador em sua casa.

 - Nossa, graças a Deus o senhor esta aqui. Estou com um vazamento enorme no banheiro. Olha isso.

O encanador olha, examina e diz:

-Hummm, sabe o que ficaria muito bom aqui? Uma ducha cromada.

- Oi??? como assim? Sim, talvez ficasse bom. Mas meu problema é este vazamento. Tem conserto?

- Este vazamento é simples demais - diz o encanador - Pense na ducha cromada.

- A ducha resolveria o vazamento?

- Você esta muito presa à este vazamento. pense alem disso. Pense como as pessoas iriam entrar no seu banheiro e dizer "nossa. Que bela ducha cromada".

- Mas tem água pelo banheiro inteiro. Já esta chegando na sala e no apartamento aqui de baixo.

- Olha minha senhora, podemos arrumar o vazamento, mas o meu conselho é colocar uma ducha cromada.

- O senhor tem certeza?

- Claro. Eu sou ENCANADOR.

- Ok, instale a ducha. mas e o vazamento.

- Isso já não é problema meu.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Gastando o tempo

Preciso de Tempo. Quem não precisa? Há quem diga “preciso de dinheiro”, mas se engana quem pensa que tempo é dinheiro. Dinheiro vai, dinheiro vem, o tempo é muito mais valioso, porque o tempo só se vai. Não ganhamos minutos, horas ou segundos, apenas os gastamos como consumistas desenfreados em um shopping vazio. Não é a toa que existe a expressão “gastando o tempo”. Existem os que sabem consumi-lo com responsabilidade e os que os rasgam feito esnobes franceses. As vezes não damos valor ao tempo.

Até tentamos lhe dar valor, pois recebemos nossos contra-cheques pelos minutos trabalhados. Três, quatro ou doze reais a hora. Como somos ingênuos. Aos olhos da sociedade moderna, nossa hora vale menos que um big mac. Como pode isso? Uma hora é algo muito valioso, já que cada hora é única, só existe aquela hora, minuto ou segundo, nunca mais existira aquele momento novamente. Se um diamante tem seu valor por sua raridade, porque não valorizarmos algo mais raro ainda como algo que só existe uma vez?

Não temos tempo para dar, me desculpe os ex-apaixonados que sempre tentam dá-lo à outra pessoa em um fim do relacionamento. Quem dera pudéssemos dar um tempo à alguém, mas se pudéssemos não daríamos, venderíamos, por um preço muito alto, tão alto, que aquele diamante que citamos momentos atrás, viraria uma mera bijuteria.

Vivemos em um cronometro regressivo, prestes a acabar. Na fila do banco, no ônibus e em vários lugares eu noto, “reservado para maiores de 60 anos. Parece que depois dos 60, seu tempo já se passou, como um relógio, onde cada ano é um minuto e, ironicamente, aos 60 a volta esta completa.

Quanto tempo você terá mais do que isso? 20 minutos? Meia hora? Lembre-se disso em seu leito de morte, quando sem forças escutar alguém perguntar para o médico “quanto tempo ele ainda tem? “ . É seu cronometro chegando ao zero.

Mas nada disso é novidade. O mundo já sabe da super valorização dos segundos, já entende que seu minuto vale mais do que ouro, e por isso, tentam sempre rouba-lo de você.

Quem é o dono do seu tempo? Sei que o tempo não pode ser desperdiçado, mas pare alguns minutos e faça suas contas, você pode ser uma pessoa milionária, basta investir seu bem mais precioso em você mesmo.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Diálogo

- Eu acho que estamos nos falando pouco.
- Oi?
- Você e eu, não estamos conversando mais.
- Desculpe, mas realmente não estou entendendo.
- Talvez seja esse o problema, a gente não se entende. Ficamos aqui, parados, um olhando para a cara do outro, como se não nos conhecêssemos.
- Mas minha senhora, de fato eu não a conheço, eu só sou o cobrador do ônibus.
- Como assim “Não me conhece”? Pego esse mesmo ônibus todos os dias nos últimos nove meses. Sempre no mesmo lugar, no mesmo horário, sempre carregando esta mesma bolsa azul e amarela. Não é possível que você não me conheça.
- Sim, me lembro da senhora. O que quis dizer é que nunca conversamos.
- É exatamente o que eu estava dizendo, nós não conversamos mais.
- Mas eu não lhe conheço!
- Mas como? Acabou de falar que me conhece, que se lembra da minha bolsa azul e amarela.
- Senhora, veja bem. Como eu disse, eu sou apenas o cobrador do ônibus. Sim, eu já a vi, conheço a senhora, conheço sua bolsa azul e amarela e lhe vejo todos os dias, mas nunca conversamos.
- Pois é. Triste isso não?
- Como assim triste?
- Nos vemos todos os dias e nunca trocamos uma palavra.
- Não sei, do jeito que a senhora fala, até soa um pouco triste mesmo.
- Pois é.
- Não sei o que lhe dizer. Peço desculpas.
- Não quero suas desculpas.
- Então o que a senhora quer?
- Quero que veja que estamos com um problema. Que não estamos nos comunicando como deveríamos.
- Ok, eu assumo, deveríamos conversar mais.
- Eu também acho.
- .....
- Não vai dizer nada?
- Minha senhora, não tenho nada a lhe dizer.
- Pergunte do meu dia, me elogie, comente sobre algo.
- Gostei da sua bolsa.
- Esta azul e amarela?
- É.
- É velha, você sabe disso.
- Sim, eu sei.
- Então por que não me disse isso antes?
- Verdade. Acho que precisamos nos falar mais.
- É verdade.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O Preconceito Linguístico (agora sem trema)

Estamos de volta, depois de muito tempo, para mais uma polêmica. Tema de hoje: Preconceito.

Primeiro vamos recorrer ao popularmente chamado “pai dos burros” (lembrem-se disso), o dicionário. “Preconceito (prefixo pré- e conceito) é um "juízo" preconcebido, manifestado geralmente na forma de uma atitude "discriminatória" perante pessoas”. Esta ação discriminatória que o dicionário fala, pode ser contra inúmeras coisas, mas as pessoas limitam-se apenas a citar, com o perdão da metáfora, o “pretinho-básico”: negros, homossexuais e outras etnias.

Mas recentemente descobri um preconceito que cresce de uma maneira assustadora. O preconceito lingüístico, a discriminação com quem comete erros gramaticais. Geralmente, este movimento é liderado por jornalistas, publicitários, redatores, advogados e intelectuais. Sem generalizar porque isso seria preconceito meu. Mas vamos aos fatos.

Ouvi estes dias, de uma grande amiga, a seguinte frase: “Escrever errado é o bafo colocado no papel”.

Bafo é o fedor que sai da boca das pessoas. Ele causa repúdio, nojo, náusea e faz com que as pessoas se afastem de você.

Então ver alguém escrevendo errado, causa nojo?

Por que uma pessoa não tem o mesmo nível de conhecimento da língua mãe ela deve ser alvo de inúmeros comentários e indiretas maldosas no facebook e twitter? Você saber mais do que ela te faz melhor? Devemos nos afastar porque um amigo escreve errado?

Isso é quase um Nazismo. Logo mais aparecerá uma seita, “discípulos de José de Alencar” . Alem das indiretas e comentários ácidos nas redes sociais, também praticariam reuniões, usando capuzes brancos, dicionários e queimariam semi-analfabetos em fogueiras. Seria uma festa.

Parece absurdo, mas muitas pessoas realmente sentem este ódio as orações mal construídas.

Minha mãe por exemplo. Ela não é extremista, é uma pessoa doce, amável, me criou com muito amor e carinho, mas quando escuta um gerúndio ela praticamente se transforma. Algo toma conta do seu estomago. Mamãe criou técnicas já para isso. Todo “nós vamos estar” que minha mãe escuta ela para, se cala, vai para o quarto, se tranca e fica lá por 30 min. As vezes escutamos alguns gritos de “FILHO DA PUTA”, mas deve ser ela espetando o dedo com uma agulha de tricô ou coisa assim. Te amo mamãe.

Mas não é por menos a atitude de minha progenitora. Ela participou dos campos de treinamento do nazismo lingüístico, onde pessoas passam 4 anos aprimorando as técnicas para detectar o menor erro gramatical, aprendem os melhores insultos e, principalmente, como excluir completamente do convívio social os pobres desconhecedores da Língua Portuguesa. Sim meus amigos, minha mãe fez LETRAS NA USP.

É fato que este local transforma as pessoas. Talvez eles sejam educados a base de tratamento de choque, tal como em “laranja mecânica”. Não sei. O fato é que a cada 10 alunos, 11 viram nazistas lingüísticos.


Não entendo este ódio. “Se escreve errado não pode ser meu amigo.”

Muitos dos meus melhores amigos cometem equívocos gramaticais. Logo, da próxima vez que receber um, irei responder:

“Prezado amigo,
Com muito apreço tenho sua amizade por mais de 15 anos. Sempre nos demos muito bem. Me lembro quando fomos viajar, quando você me ajudou nas situações difíceis e como você sempre esteve do meu lado. Você foi meu padrinho de casamento e o melhor padrinho que meu filho poderia ter. Infelizmente acabo de receber um e-mail seu com um “agente” para se referir a “nós”. Com isso gostaria aqui de terminar nossa amizade. Vá a merda seu burro ignorante e até logo. Sem mais.”

E ai eu pergunto minha gente: Por que este preconceito? As pessoas podem não saber escrever, mas são pessoas. Merecem ser criticadas?

Estou levantando esta bandeira porque eu, filho de uma “nazista uspiana”, sou sim um desprovido de conhecimentos gramaticais.

Sofro, tento aprender, mas é difícil. Peguei recuperação de português todos os anos, da primeira série ao terceiro colegial. Minha amiga que comentei, a da frase, a cinco anos tenta me ensinar que “Há cinco anos” o A é com H, e eu não aprendo. Viram? Errei. Droga.

Minha mulher até me presenteou com uma camiseta escrita “Herrar é Umano”. Gênio! Tenho orgulho de levantar a minha semi-analfabetisse, não como um defeito, mas como uma condição comum. É praticamente a minha camiseta “100% negro”.

NOTA IMPORTANTE. Não estou aqui defendendo o “escrever errado”, mas sim criticando o preconceito e exagerado das pessoas para quem comete estes erros. Os defensores, provavelmente os jornalistas, redatores, publicitários, advogados e intelectuais, Irão me rebater, dizendo “conhecimento da língua é Básico!” Ok, matemática é Básico, vamos ofender no Twitter todo mundo agora que não souber fazer a Fórmula de Báscara.

Chamar de Burro é uma ofensa e, com toda certeza, o nome popular do dicionário foi criado em cima deste preconceito. (falei para se lembrar)

Ao invés de criticar, corrijam sempre que possível. Se você for mais íntimo, pode dar até aquela zuada sim, mas entre amigos. Meu primo Guilherme é um mestre de zuadas lingüísticas. Agora críticas ferozes em redes sociais eu não concordo.

Pessoas que escrevem errado podem ser boas em outras coisas. Bons amigos, bom amantes, bons ouvintes e bons amigos. Tivemos até um presidente que, com toda certeza, não deve ser um exímio escritor.

Não deixem o preconceito lingüístico barrar você de conhecer as pessoas ou pior, ofender as pessoas. Lembre-se da frase que levo no peito: “Herrar é Umano”. E eu completo, “Preconceito com quem Herra é DesHumano”.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Coroando a nossa Estupidez.

Hoje de manhã, mais precisamente às 7h, minha mãe entrou no meu quarto e me acordou com a seguinte pergunta: “Você não esta vendo o casamento Real?” . Tive o mesmo pensamento de desprezo que você deve estar sentindo lendo o comentário da minha progenitora. Por que diabos eu acordaria mais cedo para ver isso? Quem esta usando qual chapéu, como é o vestido, como esta a igreja, o quanto careca esta o príncipe. Fiz o que qualquer um faria, virei para o lado e preferi dormir mais um pouco.

Chegando no trabalho, percebi os comentários sobre o evento. Todos enojados, dizendo que perda de tempo, que coisa fútil, questionando o porque disso ou o porque daquilo. O que aconteceu esta manhã não é Cult o suficiente para nós.

Neste momento eu comecei a pensar: SOMOS UM BANDO DE IDIOTAS.


O evento desta manhã não foi um desfile de moda, ou jóias ou celebridades, foi a história, a nossa história, passando diante dos nossos olhos. Então me questionaram, “ o que este casamento pode mudar o mundo?”, resposta: Não tenho a menor idéia.

Mas, nunca se sabe.

O casamento de Henrique VII, em meados de 1500. O primeiro divórcio real. Um escândalo que acabou criando uma nova religião seguida hoje por milhões. Um acontecimento que varias pessoas cultuam, assistindo filmes como “A outra” ou a série “the Tudors”. Naquela época, alguém deve ter comentado “O Rei esta se divorciando. Grande Merda. O que isso pode mudar o mundo?”

Em minha visita a Londres, quando estive na Abadia de Westminister, local da cerimônia desta manhã, eu fiquei maluco. Ficava imaginando o que tinha acontecido naquele local. Os fatos que aconteceram naquele mesmo chão. Senti inveja dos privilegiados que viveram naquela época.

Tive o mesmo sentimento quando assisti o “Discurso do Rei”. E acho que novamente, naquele tempo, alguém deve ter pensado “ A coroação de um rei Gago? Grande merda. O que isso pode mudar o mundo?”.

A história não para. Ela acontece a cada segundo. Desde a primeira presidente mulher de nosso país, até o casamento de um príncipe com uma plebéia. Mas hoje, assistimos tudo isso com arrogância e prepotência.

Preferimos cultuar fotos envelhecidas através do instangran, óculos quadrados estilo anos 80, móveis vintage, símbolos que marcaram uma outra época, não a nossa.

Estamos vendo nosso momento neste mundo como assuntos sem importância nenhuma, apenas um desfile de chapéus.

Talvez meu neto, quando estiver estudando a dinastia do Rei Willian, seu reflexo na crise Européia e papel fundamental na 3o Guerra Mundial, venha me perguntar como era aquela época, o que aconteceu e o que gerou tudo aquilo, e eu, assim como milhões hoje, responderei: Eu não sei meu neto, eu preferi dormir mais um pouco.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Por que não damos caronas?

Acabei de me perguntar: Por que não damos carona na estrada?

A resposta mais rápida é a segurança. Um estranho no meu carro? Acho isso perigoso.

E se fosse uma senhora, bem humilde, fraca, estendendo sua mão no meio de uma Rio Santos, você pararia?

Não me lembro de algum conhecido que tenha me dito que deu uma carona para alguém durante uma viagem. E não é por falta de pedidos. Sempre vejo alguém com polegares para cima, nos encostamentos e nós simplesmente seguimos reto sem olhar para trás.

Acho que não damos carona porque não queremos atrapalhar nossa viagem. Pensamos “eu sai cedo, sei a rota e quanto tempo eu levo. Qualquer desvio ou atraso será um problema”. Ninguém gosta de problemas. Um caroneiro é uma pessoa com problemas. Está lá, no meio do nada, passando frio, chuva, tentando a mesma coisa que você: seguir seu caminho.

Mas tudo isso não é problema meu nem muito menos seu, é do caroneiro. Mas mesmo assim, porque não ajudá-lo? Problemas, pelo que sei, não são contagiosos, não vou contrair problemas tendo eles do meu lado. Mas ai é que esta o ponto. Odiamos tanto os problemas que não queremos nem ouvi-los.

O que me leva a conclusão: Não damos caronas porque sabemos que colocando aquela pessoa dentro do nosso carro, não vamos mais seguir nosso caminho de forma tranqüila e feliz, possivelmente vamos passar um tempo conversando e ouvindo as aflições que passam no pobre caroneiro.

Quer prova disso? É só pensar quem são as pessoas que param seus veículos e abrem suas portas para os outros na beira da estrada. Caminhoneiros, carentes, que viajam sozinhos, ou seja, pessoas que tem PROBLEMAS. As pessoas assim são solidárias às outras, abrem seus braços porque também estão passando por aflições e que querem de algum jeito ajudar.

Não damos caronas porque não temos problemas. Estamos em nossos carros, no nosso ar condicionado, ouvindo nossas músicas, seguindo em frente sem se preocupar com nada, e é assim que queremos que fique.

Engraçado que, por melhor que seja seu carro e sua viagem, às vezes algo acontece. Uma batida, um pneu furado ou uma falta de gasolina. Ai vendo todos os carros passando você fica irritado, indignado como ninguém te ajuda. Pois é. Assim como você, ninguém quer saber dos problemas dos outros, só com os próprios.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A Competição

Ano de Copa do mundo! Como diria Milton Leite: “Que Beleza”. Eu adoro copas, olimpíadas, jogos de inverno e campeonatos de dominó. Todo mundo gosta. Somos competitivos por natureza.

Vivemos a base da competição, sempre. Tudo, absolutamente TUDO, depende de você ganhar ou perder. Competimos em jogos, comentários, palavras, tamanhos, quantidades, enfim, tudo que pode ser comparado e qualificado gera competição entre os homens.

Um exemplo que eu reparo e acho legal: Vaga no estacionamento do shopping. Vá ao seu shopping favorito, entre com seu carro no estacionamento e certifique-se que outro carro lhe segue logo atrás. Neste momento, quando dois carros entram em um shopping, começa a competição. Torça para encontrar a vaga perfeita, aquela em frente à porta, em baixo da placa “Acesso as lojas”. Estacione na vaga e olhe para o motorista que vinha lhe seguindo. O olhar vermelho e sanguinário, de uma pessoa capaz de sair do carro, arrancar seu coração e morde-lo será evidente. E você nesta hora? Sai do carro, vê o pobre derrotado, estufa o peito como um campeão, abre uma risada irônica, levanta a mão empunhando sua chave com orgulho e, esnobando o pobre coitado, faz o ato mais cruel que se pode fazer neste momento: O bipbip da tranca do seu carro. Ahhh... como é bom fazer isso.

Isso é bom, pois gostamos da vitória, nosso humor depende disso. Quem nunca teve um amigo (a) que estava mal, sofrendo ou triste por algum motivo? O que falamos para a pessoa nesta hora? “Não fique assim. Pense que existem pessoas sofrendo, com lepra, com o braço decepado, sem um olho, em estado terminal, sem poder falar, brocha, mendigando, sem ter o que comer, implorando migalhas e vivendo a base de aparelhos ligados a uma bateria de carro velho”. E por mágica, quando falamos isso, nosso amigo que estava mal levanta um tímido sorriso, e com seus olhos brilhando diz: “tem razão”.

MAS QUE BANDO DE FILHOS DA PUTA QUE SOMOS! Ficamos felizes por, teoricamente, termos “ganhado” de alguém que nem conhecemos e que tá numa desgraça do capeta.

Quando vimos alguém feliz, logo falamos “lá vai um homem vitorioso”, quando estamos tristes falamos “me sinto como um derrotado”. Como já disse neste blog, só existe o bom se existe o mau, só existe o feio se existe o bonito, só existe a sua depressão se existem pessoas melhores, mais capacitadas e vivendo a vida que você sempre quis viver. Mas não tem como mudar isso. Gostamos de competir e esta é a regra do jogo.